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segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Manifesto em defesa do MST




Contra a violência do agronegócio e a criminalização das lutas sociais


As grandes redes de televisão repetiram à exaustão, há algumas semanas, imagens da ocupação realizada por integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) em terras que seriam de propriedade do Sucocítrico Cutrale, no interior de São Paulo. A mídia foi taxativa em classificar a derrubada de alguns pés de laranja como ato de vandalismo.

Uma informação essencial, no entanto, foi omitida: a de que a titularidade das terras da empresa é contestada pelo Incra e pela Justiça. Trata-se de uma grande área chamada Núcleo Monções, que possui cerca de 30 mil hectares. Desses 30 mil hectares, 10 mil são terras públicas reconhecidas oficialmente como devolutas e 15 mil são terras improdutivas. Ao mesmo tempo, não há nenhuma prova de que a suposta destruição de máquinas e equipamentos tenha sido obra dos sem-terra.

Na ótica dos setores dominantes, pés de laranja arrancados em protesto representam uma imagem mais chocante do que as famílias que vivem em acampamentos precários desejando produzir alimentos.

Bloquear a reforma agrária

Há um objetivo preciso nisso tudo: impedir a revisão dos índices de produtividade agrícola – cuja versão em vigor tem como base o censo agropecuário de 1975 – e viabilizar uma CPI sobre o MST. Com tal postura, o foco do debate agrário desloca-se dos responsáveis pela desigualdade e concentração para criminalizar os que lutam pelo direito do povo. A revisão dos índices evidenciaria que, apesar de todo o avanço técnico, boa parte das grandes propriedades não é tão produtiva quanto seus donos alegam e estaria, assim, disponível para a reforma agrária.

Para mascarar tal fato, está em curso um grande operativo político das classes dominantes objetivando golpear o principal movimento social brasileiro, o MST. Deste modo, prepara-se o terreno para mais uma ofensiva contra os direitos sociais da maioria da população brasileira.

O pesado operativo midiático-empresarial visa isolar e criminalizar o movimento social e enfraquecer suas bases de apoio. Sem resistências, as corporações agrícolas tentam bloquear, ainda mais severamente, a reforma agrária e impor um modelo agroexportador predatório em termos sociais e ambientais como única alternativa para a agropecuária brasileira.

Concentração fundiária

A concentração fundiária no Brasil aumentou nos últimos dez anos, conforme o Censo Agrário do IBGE. A área ocupada pelos estabelecimentos rurais maiores do que mil hectares concentra mais de 43% do espaço total, enquanto as propriedades com menos de 10 hectares ocupam menos de 2,7%. As pequenas propriedades estão definhando enquanto crescem as fronteiras agrícolas do agronegócio.

Conforme a Comissão Pastoral da Terra (CPT, 2009) os conflitos agrários do primeiro semestre deste ano seguem marcando uma situação de extrema violência contra os trabalhadores rurais. Entre janeiro e julho de 2009 foram registrados 366 conflitos, que afetaram diretamente 193.174 pessoas, ocorrendo um assassinato a cada 30 conflitos no primeiro semestre de 2009. Ao todo, foram 12 assassinatos, 44 tentativas de homicídio, 22 ameaças de morte e 6 pessoas torturadas no primeiro semestre deste ano.

Não violência

A estratégia de luta do MST sempre se caracterizou pela não violência, ainda que em um ambiente de extrema agressividade por parte dos agentes do Estado e das milícias e jagunços a serviço das corporações e do latifúndio. As ocupações objetivam pressionar os governos a realizar a reforma agrária.

É preciso uma agricultura socialmente justa, ecológica, capaz de assegurar a soberania alimentar e baseada na livre cooperação de pequenos agricultores. Isso só será conquistado com movimentos sociais fortes, apoiados pela maioria da população brasileira.

Contra a criminalização das lutas sociais

Convocamos todos os movimentos e setores comprometidos com as lutas a se engajarem em um amplo movimento contra a criminalização das lutas sociais, realizando atos e manifestações políticas que demarquem o repúdio à criminalização do MST e de todas as lutas no Brasil.

_________

Extraído das discussões do grupo NOVATER
< novaterbrasil@yahoogrupos.com.br>

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Confissões do Latinfúndio



Por onde passei,
plantei
a cerca farpada,
plantei a queimada.
Por onde passei,
plantei
a morte matada.
Por onde passei,
matei
a tribo calada,
a roça suada,
a terra esperada...
Por onde passei,
tendo tudo em lei,
eu plantei o nada

_
Pedro Casaldáliga_

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

A MÚSICA URBANA


As desafinadas guinchadas de um violino, um carro tocando funk as 3:30 da manhã, os postos de gasolina cheios de pessoas procurando se divertir num imenso afã de tentar desesperadamente se enturmar, ser aceito, quem dera um dia amado.

Nas boates e nas raves, nas festas sertanejas, universitárias ou não.. alíás universidade e orgia já são entendidos como sinônimos.. em vários sentidos, até no sexual, mas continuando.. nos pagodes ou nas mais requintadas e badaladas baladas "in", nas peças feitas nos teatros acessíveis a certa classe de pessoas, com atores da globo e tudo mais.. sempre sempre o que toca é a velha música das cidades.. dos formigueiros desesperadores.

Bem disse o João que Roma era a grande prostituta.. as cidades são mais ou menos isso.. as prostitutas tem dignidade, tem uma história. O ponto não é discriminar a cidade-prostituta, mas perguntar quem são os cafetões.

A música urbana continua comendo solta e as crianças não sabem de onde vêm o seu pápá, provavelmente de uma gôndola do carrefour, ou qualquer outra empresa que monopoliza o direito e a necessidade mais básica, a nutrição.

Se os supermercados fechassem por dois meses, onde nós comeríamos? De quem vc depende pra comer? Responda e tente não ficar impressionado ao se deparar com a nossa massiva dependência dos nossos amigas.. as fantasmagóricas e intocáveis transnacionais que têm PIB maiores que países...

Mas é claro! isso é natural num meio onde o lucro é o único valor.. acima de tudo, acima da vida da beleza e do sorriso. O que nos resta pergunto?

O sorriso, a vontade e a humanidade.. penso que se não abrirmos mão disso podemos fazer frente a nossa própria preguiça secular acumulada.. que deixemos de ser bestas de carga e tenhamos a coragem de dizer duas palavras:
EU e NÃOOO!!

Assim falou Zaratustra!

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Em cima dos telhados as antenas de TV tocam música urbana,
Nas ruas os mendigos com esparadrapos podres
cantam música urbana,
Motocicletas querendo atenção às três da manhã -
É só música urbana.

Os PMs armados e as tropas de choque vomitam música urbana
E nas escolas as crianças aprendem a repertir a música urbana.
Nos bares os viciados sempre tentam conseguir a música urbana.

O vento forte, seco e sujo em cantos de concreto
Parece música urbana.
E a matilha de crianças sujas no meio da rua -
Música urbana.
E nos pontos de ônibus estão todos ali: música urbana.

Os uniformes
Os cartazes
Os cinemas
E os lares
Nas favelas
Coberturas
Quase todos os lugares.

E mais uma criança nasceu.
Não há mais mentiras nem verdades aqui
Só há música urbana.
Yeah, Música urbana.
Oh Ohoo, Música urbana.

Música Urbana 2
Legião Urbana

O terror das mentes vazias


Nos corredores da universidade converso com um professor sobre algumas coisas, entre elas as questões de ciência, progresso e a natureza do ser humano.. dessas que já tivemos oportunidade de ver várias, ou mesmo, entediados, às vezes participar.

O que menos importa é o assunto ou o "posicionamento" ideológico nessas questões ( e nessa altura os marxeiros se irritam) buraco está bem mais embaixo e é, agora sim, o reflexo de um indivíduo/sociedade movidos à vaidades. Todos querem dizer algo sem terem, a rigor, nada a dizer. Todos queremos parecer algo ,pois ser dá um trabalhão...
Explorando sentimentos poderemos chegar a algum lugar além? Talvez, mas o problema é que ainda não tivemos a coragem suficiente para explorar estes sentimentos, para explorarmo-nos.


Você liga a TV e vê programas moralistas condenando os jovens bêbados tirando rachas nas ruas, mas não vê ninguém sequer cogitar o porquê desses caras se doparem e se suicidarem, mesmo quando pensam que não é isso que estão fazendo.. criamos um mundo vazio por preguiça de pensar..
Pensar na nossa condição de seres pensantes.. pensar na nossa condição de seres sentimentais (diferente de sentimentalóides) e coletivos.
Voltando ao corredor da nossa universidade, quer da escola pública o mesmo deserto.. citações vazias, teorias estapafurdias que negam a experiência e o indivíduo.. escritas por europeus do século passado que todos idolatram sem nem sombra de crítica...
O que é pior? Escutar funk? Não ler merda nenhuma? Ou ser um neo-pentencostal do materialismo dialético (com muita fé no fantástico)?

Linhas de pesquisa fundamentadas em preconceitos seculares, xenofobia, racismo, religiosismo.. um conceito distorcido de "sucesso" de "sociedade" de "coletivo".. ainda estamos imitando... somos seres heteronomos por abstenção de nossa autonomia.

terça-feira, 25 de agosto de 2009

Galileu


De quantos Galileus nós ainda precisaremos?

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Para mudarmos algo com que não concordamos temos que ter posições bem marcadas e fortes. Isso não quer dizer combater com todos por combater, nem ser teimoso tampouco.

Galileu arriscou perder a vida (inquisição católica) ao defender o que seriam as bases da astronomia moderna, bem como do desenvolvimento de vários ramos da matemática e da física modernas. O avanço que ele promoveu enfrentando a religião alienante que condenaria os homens a serem bestas de carga, todos nós desfrutamos hoje em uma certa medida.

Hoje temos uma perigosa religião, novamente nos condenando perigosamente a bestialidade.. O nome dela? bem, são tantos, mas podemos citar alguns: capitalismo, consumismo, superficialidade, liberalismo (ou Neo), Mídia massiva, Hedonismo..enfim.. todas essas novas religiões (ou a mesma com vários nomes) dizem coisas parecidas, a mesma coisa afinal.

A premissa básica é: o ser (Humano, Animal, Vegetal...)tem menos valor que as coisas, que o ato de acumular, que a noção egoísta de reter, de ser dono. Tente juntar essa premissa a todos os fatos repugnantes que presenciamos diariamente.. desde o culto ao carro, vidas desperdiçadas pelo culto a esse deus do egoísmo planetário.. passando pelo culto a imagem padronizada, ao relacionamento padronizado e aos anseios padronizados..

Bem a grande pergunta é se temos ainda o anseio Humano de evolução moral/espiritual ou se a religião já conseguiu matar todos os Galileus em potencial? Sugestivo o nome Galileu não é? Nós também, certa vez, não inutilizamos os preceitos de AMOR AO PRÓXIMO que um certo Galileu cultivou, ao preço de sua Divina vida, matando e imoblilizando-os pela criação de Igreja e Estado? Hoje em dia os nomes mudaram, mas a intenção é a mesma.

Empresas.. blá blá blá de empreendedorismo e outros jargões da moda. Seu eu acreditasse no capeta diria que ele tem um programa de televisão onde deturpa um lindo conceito, o de aprendiz, mas como não creio no cão diria que é só mais um fruto da nossa alienação.

quarta-feira, 29 de julho de 2009

Nem só de denúncias viverá o homem, mas da poesia do seu coração...


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A aceitação...
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As borboletas que antes foram lagartas...

As mudanças que se operam na nossa vida quando temos a coragem de ser. A grande coragem de ser.

Assustado com sentimentos.. sempre desde pequeno.

A calma que precede a tempestade..... //Temos medo das tem... pestades

Ganhar e perder.... ahh como a dor nos toca!! Para nos libertar do ganhar ou perder... só podemos ser se criarmos um momento tão verdadeiro, amando sem orgulho ou egoísmo.

Tocados pelo intangível nos tornamos borboletas, imaculados, nadando na imensidão do puro amor e compaixão

A Tua única natureza é ser! Felicidade excessiva.

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quinta-feira, 23 de julho de 2009

O codex da miséria humana: A vontade que não quer


A dependência alimentar que já era uma coisa opressora para toda a humanidade, ma minha opinião o maior triunfo capitalista sobre a raça humana, tenderá agora a ficar ainda mais restritiva das liberdades individuais básicas do ser, como por exemplo, escolher o que quer comer.

Se o texto abaixo é ou não teoria da conspiração não importa: o que tem impacto diário nas nossas vidas é que estamos morrendo pela boca, não no sentido físico apenas da expressão, mas de uma forma moral. Muitos de nós apenas nos “arrastamos” pelas ruas, uma sombra do que um autêntico Ser deveria ser.

Não somos nós mesmos, agimos por propulsão externa rumo a objetivos pré-fabricados e a estereótipos sociais que nos permitem sermos “aceitos e amados” por essa sociedade e seus padrões que tão confortavelmente aceitamos e defendemos como “normais”.



Esse tom denuncista já está me cansando quero começar algo em mim, diariamente. Gostaria de me postar diante das relações doentes e distorcidas da vida como algo mais que um pregador.. ...o tempo das pregações já passou! Chegado é, o tempo da ação, mas como agir se estamos acorrentados por vontade (ou falta de) às misérias mais desprezíveis da nossa inanição moral?



Quando poderemos olhar dignamente para o rosto de nossos filhos, aqueles que temos que pretendemos, ou mesmo os que não teremos por nós e dizer: _“te amo e faço diariamente um esforço para que sejas tanto melhor como o mundo que tento melhorar para ti”. Confesso que o “te amo” sincero já seria ótimo.



Aonde essa acumulação de capital/desgraças vai nos levar? Até onde agüentaremos ser retalhados por nossa passividade e por nossa permissividade em relação ao feio, cruel, desumano, indiferente? Como pudemos trocar vidas humanas (dos nossos filhos) por uma série de “tranqueiras” que não servem, sinceramente, pra nada...

Creio que o legado do século é o câncer aos 50 ou 60, nossas células nos dizendo: NÃO!!! Já que nosso cérebro racional nos leva a sermos menos racionais, menos inteligentes, mais iludidos e mais covardes dia a dia.

Vou propor um exercício, sem te conhecer: Repita e visualize cada palavra do verso abaixo (penso que não esteja de fato em verso por ser uma tradução)



“Eu contemplo o mundo onde o Sol reluz, onde as estrelas brilham e onde as pedras dormem. Onde as plantas vivem, e vivendo crescem. Onde os bichos sentem e sentindo vivem. Onde já o homem, tendo em Si a Alma abrigou o Espírito. Eu contemplo a Alma que reside em Mim. O Divino Espírito age dentro dela, assim como atua sobre a luz do Sol; Ele paira fora na amplidão do espaço e nas profundezas da Alma também. A Ti eu suplico, ó Divino Espírito; que bênçãos e forças para o aprender e para o trabalhar; cresçam dentro de mim.” [Verso Waldorf]

Agora vá lá, volte para a sua vida.






CODEX ALIMENTARIUS - Um crime contra a humanidade



Por mais dantesca que possa parecer essa matéria, podemos concluir que quem manda em nossos governos são as "Corporations" , que por meio de seu poder econômico, ditam as regras e decidem o rumo da "inocente e distraida" humanidade. Aqui está uma oportunidade do leitor verificar que há um plano em andamento para um extermínio em massa (em outra ocasião falaremos também sobre o suspeito programa REX 84).



partir de 01 de Janeiro de 2010, entra em vigor o polêmico Codex Alimentarius (Código Alimentar, em latim). Mas você provavelmente não saiba o que é isso, e é exatamente o que eles querem.. Como os meios de comunicação também são controlados pela ELITE GLOBAL, arquiteta desse plano, as informações chegarão ao público distorcidas e levando a população a acreditar que se trata de uma iniciativa benéfica.



O Codex Alimentarius é um Programa Conjunto da Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação - FAO e da Organização Mundial da Saúde - OMS. Trata-se de um fórum internacional de normalização sobre alimentos - sejam estes processados, semiprocessados ou crus - criado em 1962, e suas normas têm como fachada "proteger a saúde da população". Se você aqui ainda acha que a ONU e a OMS são boazinhas, e que essa matéria faz parte da "delirante turma da teoria da conspiração", você precisa se informar mais.

As normas desse perigoso organismo, o Codex, abrangem ainda aspectos de higiene e propriedades nutricionais dos alimentos, código de prática e normas de aditivos alimentares, pesticidas e resíduos de medicamentos veterinários, substâncias contaminantes, rotulagem, classificação, métodos de amostragem e análise de riscos.



Na versão oficial (exceto as aspas), parece que estão preocupado com a saúde da população, mas na verdade o Codex é uma fonte poderosa de controle sobre a humanidade e de apreciável lucro para as grandes corporações, especialmente as dos ramos químico e farmacêutico.

Estas normatizações abrangem todos os tipos de alimentos, dos crus aos processados, sendo quase que humanamente impossível tomar conhecimento de todas as medidas que foram criadas. Algumas centenas de diretrizes (mais de 400) aparecem no site da Agência (www.codexalimentari us.net), não disponível em português; toda informação oficial que se pode acessar está disponível nos sites das Agências e Ministérios governamentais, apesar de estar suprimida e bastante desatualizada e fragmentada pelos sítios... mas não será essa a intenção? Entre centenas de diretrizes e normativas, podemos encontrar processos perigosos que dizem respeito à:



- INOCUIDADE DE ALIMENTOS ATRAVÉS DA IRRADIAÇÃO;

- LIMITES MÁXIMOS ALTÍSSIMOS PARA AGROTÓXICOS E QUÍMICOS

- LIMITES MÁXIMOS BAIXÍSSIMOS PARA VITAMINAS E MINERAIS

"Quem controla a comida, controla o mundo!"



Traduzido em miúdos, o Codex vai trazer severas restrições à nossa já precária LIBERDADE de escolha em termos de alimentação e prevenção/tratamento de doenças.

No vídeo a seguir, veja a palestra da Dra. psiquiatra Rima Laibow, na Associação Nacional de Profissionais de Nutrição (NANP) USA, em 2005, sobre os acordos comerciais da OMC e suas regulamentações a cerca da produção e comercializaçã o dos alimentos, que incluem as seguintes exigências: inocuação dos alimentos por radiação, proibição de nutrientes considerados "tóxicos" e liberação do uso de agrotóxicos que já foram proibidos por causarem graves danos ao homem e o meio ambiente.



http://video. google.com/ videoplay? docid=4180896617 458159116&hl=pt-BR

A seguir, uma discreta síntese dos absurdos do CODEX ALIMENTARIUS:

- Suplementos nutricionais, como vitaminas, por exemplo, não poderão mais ser vendidos para uso profilático ou curativo de doenças; potências de qualquer suplemento liberado, estarão limitadas a dosagens extremamente baixas, sub-dosagens, na verdade, e somente as empresas farmacêuticas terão autorização para produzir e vender esses produtos (preferencialmente na sua forma sintética) em potências mais altas - no caso da vitamina C, por exemplo, qualquer coisa acima de 200 mg será considerada "alta", e será necessária uma receita médica para se poder compra-la.



- O alho ou o hortelã, serão classificados como drogas, que somente as empresas farmacêuticas poderão regulamentar e vender. Qualquer alimento ou bebida com qualquer possível efeito terapêutico poderá ser considerado uma droga. Com isso o chazinho da vovó será proibido, e a vovó será acusada de uso ilegal da medicina.



- Alimentos geneticamente modificados não precisarão ser identificados como tal, ou seja, os rótulos não informarão mais se o produto é transgênico ou se possui dosagens ou elementos prejudiciais a saúde e não saberemos a origem do que estamos comendo.

- Aditivos alimentares, a maioria sintéticos, como o aspartame, por exemplo, serão aprovados para consumo sem que se tenha conhecimento dos efeitos. Vale ressaltar que o Aspartame é um produto da MONSANTO, a mesma empresa que produz o herbicida RANDUP, e que produziu e controla os alimentos transgênicos. Essa empresa também foi a que criou os elementos para a produção da arma química conhecida como "efeito laranja". Em outra oportunidade trataremos aqui das atividades genocidas da MONSANTO, grave esse nome.



- Todos os animais destinados ao consumo humano, deverão receber hormônios e antibióticos como medida profilática; sabe aquele "gado orgânico", criado solto em pastagens e tratado só com homeopatia?. .. nunca mais!

- Todos os alimentos de origem vegetal deverão ser irradiados antes de serem liberados para consumo: frutas, verduras, legumes, nozes... nada mais chegará à nossa mesa como a natureza fez. Esses dias a mídia já divulgou que o açúcar passará pelo processo de radiação para o seu "branqueamento" .



- Os produtos orgânicos estarão completamente descaracterizados, pois terão seu padrão de pureza reduzido. Alguns aditivos químicos e várias formas de processamento serão permitidos; tampouco haverá obrigatoriedade por parte do produtor de informar que produtos usou e em que quantidades - rótulos não serão obrigatórios na era pós-Codex.

- Para a agricultura convencional, os níveis residuais aceitáveis de pesticidas e herbicidas estarão liberados em níveis que ultrapassam em muito os atuais limites de segurança! Em outras palavras, estarão envenenando nossa comida.

Em síntese, os objetivos do Codex incluem:

1 - Globalização das normas;

2 - Abolição da agricultura/ criação orgânica;

3 - Introdução de alimentos geneticamente modificados;

4 - Remoção da necessidade de rótulos explicativos de qualquer espécie;

5 - Restrição de todos os remédios naturais, que serão classificados como drogas.



Indicar aquele chazinho para um amigo? Ou quem sabe informar ao vizinho que farelo de aveia ajuda a reduzir o colesterol? Sugerir que mamão solta e banana prende?... Nem pensar! Poderá ser considerado "prática ilegal da medicina"! Não se poderá dizer que produtos naturais curam doenças porque não são medicamentos e, na era pós-Codex, só medicamentos APROVADOS pelas novas regras poderão ser referidos para tratar doenças... e assim mesmo, só por um médico.



Medicina alternativa, tibetana, ayurveda, homeopatia, essências florais... só se a turma do Codex disser que pode. Entrando esse "programa" em vigor (daqui há 6 meses) da forma como vem sendo preparado há mais de 45 anos, teremos perdido nossa liberdade de optar por uma medicina e nutrição naturais, poderemos vir a precisar de receita médica até para ir à feira...

No site http://www.anvisa. gov.br/alimentos /comissoes/ alimentarius. htm da ANVISA - Agência Nacional de Vigilância Sanitária, você encontra:



Fontes:

http://diacrianos. blogspot. com/2008/ 10/codex- alimentarius- os-ltimos- dias-de.html

http://prod. midiaindependent e.org/pt/ blue/2009/ 05/447008. shtml

Veja mais:

  • http://www.inmetro. gov.br/qualidade /comites/ ccab.asp
  • http://www.anvisa. gov.br/ALIMENTOS /aulas/aula_ 3.ppt
  • http://www.anvisa. gov.br/divulga/ public/alimentos /codex_alimentar ius.pdf
  • http://ovigia. wordpress. com/2009/ 01/03/codex- alimentarius- e-implementado- em-portugal/
  • http://www.codexali mentarius. net/web/index_ en.jsp


“Voltemos a natureza e deixemos essa grande Vida fluir por nós livremente, que tudo será para o nosso bem. Não continuemos pretender fazer todas as coisas – deixemos que as coisas sejam por si. Elas somente pedem confiança e não resistência. Concedamos-lha.”

Yogi Ramacharaka

segunda-feira, 13 de julho de 2009

E (lá)vamos nós


Multinacionais dos agrotóxicos resistem a medidas de controle de uso dessas substâncias

Centro de Estudos Ambientais (CEA)

Fonte: http://www.sinpaf.org.br/modules/smartsection/item.php?itemid=619

Apesar dos efeitos nocivos ao meio ambiente, à saúde dos trabalhadores que os manipulam e de todos nós que os consumimos por meio dos alimentos, os agrotóxicos ainda continuam sendo usados em larga escala, principalmente no agronegócio. Somente no ano passado, o mercado mundial de agrotóxicos teve um lucro líquido de 40 bilhões de dólares. A produção dessas substâncias está concentrada em nove multinacionais, que controlam 90% da produção.

Os dados foram apresentados por Letícia Rodrigues, gerente de avaliação toxicológica da Anvisa, durante o III Seminário Nacional Sobre Agrotóxicos, Saúde e Sociedade, que está sendo realizado em Brasília. Letícia chamou a atenção para o fato de que somente 65 dos 191 países do Globo (reconhecidos pela ONU) são mais ricos do que o mercado de agrotóxicos. “Com esse poder econômico superior ao de muitos países, essas empresas contribuem com campanhas e elegem representantes no Executivo e no Legislativo que defendem seus interesses e dificultam qualquer iniciativa de controle no uso dessas substâncias”.

O Brasil é um dos maiores consumidores de agrotóxicos do mundo. A cultura de soja é a que mais emprega esses produtos, seguida pelo milho, cana e algodão. Em 2008, o mercado brasileiro consumiu 673.862 toneladas desses produtos. Cláudia Schimitt, professora da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ), informou que as lavouras de transgênicos, ao contrário do que as empresas propagavam, aumentaram o consumo dos agrotóxicos.

Maiores empresas produtoras de agrotóxicos

Syngenta
Bayer
Monsanto
BASF
Dow AgroSciences
DuPont
Nufarm

Quanto lucraram em 2008: 40 bilhões de dólares

Equipamento de proteção individual não elimina riscos de intoxicação
Popularmente conhecidos como “defensivos agrícolas”, “veneno”, “remédio” e outras nomenclaturas empregadas de acordo com a região, os agrotóxicos podem provocar intoxicação agudas (aquelas que surgem rapidamente) e subagudas (que aparecem aos poucos). Os principais sintomas são dor de cabeça, dor de estômago e sonolência.

Médicos especializados em saúde do trabalhador afirmam que o uso dos equipamentos de proteção individual (EPI) não impedem o risco de contaminação, e chamaram a atenção para o fato de que a manipulação de agrotóxicos tem causado mortes, abortos, má-formação fetal, câncer, doenças de pele e até depressão com suicídio.

terça-feira, 23 de junho de 2009

Com a palavra, o anarco-primitivismo



As intercambiantes formas de adaptação dos problemas mundiais ao sistema político e econômico vigentes são para mim algo irritante. Irrito-me primeiramente com a minha inserção nestas mentiras. Como se a forma de governo que nega a autonomia do ser, tem a punição e a padronização como metodologias; fosse resolver os problemas fundamentais do ser, logo do planeta.


O texto de Zerzan pode ser conflitante em alguns pontos com o meu e o seu pontos de vista, pois o não-conflito seria a reprodução mecanicista, mas trás em seu gérmen a rebelião íntima, rebelião contra as suas/minhas fraquezas, contra o comodismo o egoísmo e o senso de acumulação oriundo de nossas relações sociais/inércia individual.


O milagre da tecnologia é o milagre do externo, tentar resolver problemas do mundo e do outro são nossas fugas usuais para fora... ...quer provas? A História.


Talvez as nossas concepções demandem uma resolução, talvez nossa vontade precise ser mais ativa, ou apenas ser. Acreditar na solução tecnológica para o mundo sem mudarmos nós, como indivíduo e coletivo é no mínimo ingênuo, na média cínico e/ou hipócrita e no máximo “mal intencionado”.


Nosso descolamento voluntário da realidade tem motivo! Respondendo a ele respondemos ao mundo, e tenho uma forte impressão que essa é a: “verdade que desconhecemos”.







ESQUERDA? NÃO OBRIGADO!

Por John Zerzan



Não é que a energia que há no mundo está terminando. Em um determinado dia, em qualquer continente, podemos ver motins anti-governo; ações diretas de apoio à libertação animal ou para proteger a terra; esforços concentrados para resistir à construção de barragens, auto-estradas, instalações industriais; revoltas em prisões; focos espontâneos de “vandalismo” por pessoas ou entediadas de saco cheio. Greves sem autorização de sindicatos; do setor de energia; inúmeros infoshops, zines, acampamentos primitivos, escolas e encontros; grupos radicais de leitura, o "Food Not Bombs", etc. A lista de atos e projetos alternativos de oposição é muito considerável.



O que não está acontecendo é a esquerda. Historicamente, tem falhado monumentalmente. Que guerra, depressão ou ecocídio impediu? A esquerda já existe, principalmente, como um veículo combalido de protesto, por exemplo, o circo eleitoral que cada vez menos pessoas acreditam em qualquer forma. Não tem sido uma fonte de inspiração de muitas décadas. Está desaparecendo.



A esquerda está no nosso caminho e tem de sair. O suco de hoje é com anarquia. Durante cerca de dez anos, tornou-se progressivamente mais clara que as crianças com a paixão e a inteligência são anarquistas. Progressistas, socialistas, comunistas estão grisalhos e não causam tesão na juventude. Alguns recentes escritos por esquerdistas (por exemplo, "Infinitely Demanding" de Simon Critchley) expressam a esperança de que a anarquia irá reavivar a esquerda, tão em necessidade de ser ressuscitada. Isto me parece pouco provável.



E o que é anarquia hoje? Esta é a história mais importante, na minha opinião. Uma mudança fundamental em curso foi, durante algum tempo, a que tem sido bastante sub-relatada por motivos bastante óbvios.



O anarquismo tradicional ou clássico é tão fora de questão como o resto da esquerda. Não é em nenhum momento, parte da impressão freqüente que se tem no aumento de interesse sobre a anarquia. Observe o uso aqui: não é anarquismo que está avançando, mas a anarquia. Não uma teoria eurocêntrica fechada, mas uma ideologia aberta, que não se detém por barreiras, sempre questionando e resistindo.



A ordem dominante mostrou-se surpreendentemente flexível, capaz de co-optar ou recuperar inúmeros gestos radicais e abordagens alternativas. Devido a isto, chama-se para algo mais profundo, algo que não pode ser contido dentro dos termos do sistema. Esta é a principal razão para o fracasso da esquerda: se os fundamentos não são desafiados a um profundo nível, a cooptação é certa. O anarquismo até agora, não saiu da órbita do capital e da tecnologia. O anarquismo aceitou tais instituições como divisão de trabalho e de domesticação, essas as forças primárias da sociedade de massas - a qual também aceitou.



Entre numa nova perspectiva. O que é proeminentemente colocado vai por muitos nomes: anarco-primitivismo , neo-primitivismo, anarquia verde, civilização crítica, entre outros. Para breve, vamos apenas dizer que somos primitivistas. Há sinais dessa presença em muitos lugares, por exemplo, no Brasil, onde me juntei a centenas de jovens, principalmente no Carnaval Revolução, em Fevereiro de 2008. Muitos me disseram que a orientação primitivista foi o tema da conversa e que o velho anarquismo estava visivelmente expirando. Existe uma rede anti-civilização o na Europa, incluindo os laços informais e reuniões bastante freqüentes em países da Suécia a Espanha e na Turquia.



Lembro-me de minha empolgação após descobrir as idéias Situacionistas: a ênfase na reprodução e no dom, os prazeres terrenos não sacrificam a auto-negação. A minha frase favorita dessa corrente: "No pavimento abaixo, a praia". Mas eles foram contidos pelos conselhos de trabalhadores e o aspecto producionista da sua orientação, que parecia em desacordo com a parte lúdica. Agora é hora de largar a última, e complementar a outra, a parte mais radical.



Uma jovem mulher na Croácia levou tudo mais à frente com a sua conclusão de que o primitivismo é como base um movimento espiritual. A busca da integralidade, imediatez, reconexão com a terra não é espiritual? Em Novembro de 2008 eu estava na Índia (Delhi, Jaipur), e pude ver que apresentando uma abordagem anti-industrial ressoou entre as pessoas de várias origens espirituais, incluindo pessoas influenciadas por Gandhi.



Vozes e atividades primitivas dispersas já existem na Rússia, China e nas Filipinas, e sem dúvida em outras regiões. Isso pode ainda não constituir um movimento surgindo de baixo da superfície, mas a realidade está empurrando nesta direção, como eu vejo isso. Não é apenas uma evolução lógica, mas uma que visa o coração da negação reinante, e há muito esperada.



Este movimento primitivista nascente deve vir como nenhuma surpresa dado ao escurecimento da crise que vemos, envolvendo todas as esferas da vida. É armado contra o industrialismo e as promessas da alta tecnologia, que só têm agravado a crise. A guerra contra o mundo natural e uma tecno-cultura cada vez é mais árida e desolada, são fatos gritantes. A máquina não é a resposta, mas é profundamente, o problema. Tradicionalmente o anarquismo de esquerda quer as fábricas para serem auto-gestionadas pelos trabalhadores.



Nós queremos um mundo sem fábricas. Eu poderia ser mais claro, por exemplo, que o aquecimento global é uma função da industrialização? Ambos começaram há 200 anos, e cada passo em direção a uma maior industrialização tem sido um passo em direção a um maior aquecimento global.



A perspectiva primitivista baseia-se em indígenas, na sabedoria pré-domesticada, tenta aprender com os milhões de anos de existência humana antes da/para a civilização. A vida de caçadores-coletores, também conhecida como a sociedade de bandos, era a original e a única anarquia: comunidades face a face em que as pessoas assumiam a responsabilidade para si próprias e uns com os outros. Queremos que haja alguma versão disto, um mundo-vida radicalmente descentralizado, e não a globalização, a padronização da sociedade de massas, em que todas as tecnologias brilhantes repousam sobre a escravidão de milhões de pessoas e a sistemática matança da terra. Alguns estão horrorizados por estes novos conceitos. Noam Chomsky, que ainda acredita em todas as mentiras do progresso, chama-nos de "genocidistas”. Como se a continuação da proliferação do tecno-mundo moderno já não fosse genocida!



Eu vejo um crescente interesse em desafiar essa marcha da morte em que estamos. Afinal, onde o iluminismo ou a modernidade fez algo de bom em seus pedidos de melhoria? A realidade é constantemente empobrecida em todos os sentidos. Os hoje quase rotineiros massacres em escolas, shoppings e locais de trabalho falam tão alto quanto o desastre ecológico que tem desdobramento em torno do globo. A esquerda tentou bloquear o aprofundamento extremamente necessário do discurso público, que inclui um questionamento da real profundidade das evoluções assustadoras que enfrentamos. A Esquerda precisa de ir de maneira radical, visões inspiradas podem vir mais à frente e serem compartilhadas.



Um mundo cada vez mais tecnificado onde tudo está em risco só é inevitável se continuarmos a aceitá-lo como tal. A dinâmica de tudo isso repousa nas instituições primárias que devem ser contestadas. Estamos vendo o início deste desafio agora, superando as falsas alegações de tecnologia, capital, e da cultura pós-moderna de cinismo e, além disso, superando o cadáver da esquerda e os seus horizontes ilimitados.





Links:

http://www.foodnotbombs.net/



http://www.midiaindependente.org/pt/blue/2006/04/350201.shtml



http://pt.wikipedia.org/wiki/Anarco-primitivismo



http://www.primitivism.com/