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sexta-feira, 2 de janeiro de 2009

Um auto-relato na 1ª noite do ano de 2009


O que posso fazer em minha vida diária para pôr em prática o amor ou ao menos, caminhar em direção a ele?

Por anos de existência as experiências que vivi e vivo parecem pôr-me, constantemente frente a decisões e desafios. Quando estou atento eles parecem saltar, mas o automatismo e a acomodação parecem ser da mesma forma, o grande empecilho que vejo em mim, conseqüentemente no mundo.

Qual a razão profunda para tudo isso? Medo? Conceitualmente sim, mas os conceitos não me permitem o avanço senão o que já alcancei.

Nas minhas vivências diárias em toda a magnífica experiência pedagógica que o Universo dá percebo, ou começo a entrever a grande potencia criativa que sou, mas isso fica restrito ao raio, à abrangência cósmica das minhas decisões. As decisões acontecem por vontade, que vem da aceitação do amor. Aqui me deparo com o paradoxo existencial que creio não seja somente de minha experiência singular, mas de todo um campo coletivo, mais ou menos consciente de ações e pensamentos e mais ou menos ativo e criativo no senso amplo.

Se reunir todas as minhas oportunidades diárias terei um universo razoável de “experimentação” afetiva. Supondo que esse universo fosse dramaticamente “restrito” (o que não é o caso), digamos uma pessoa para conviver, ainda assim teria um universo experimental para o amor, compreensão, aceitação, empatia e criatividade.

A cada raciocínio, a cada nova linha isso se torna mais flagrante e claro... Ora, voltemos ao paradoxo inicial: o que impede de exercer a minha atribuição cósmica de amar? (aqui, logicamente, parto do princípio que concordo com essa premissa “atributo cósmico-universal de amar”).

Sou um ser realmente confuso! Que tem, em verdade, muitas dificuldades em apreender as verdades cósmicas e suas conseqüências: a liberdade, a criatividade, a impermanência, a fraternidade, o desapego a humildade e, por conseguinte a causa primária, o amor... Substância Cósmica Universal!

Tanta paciência e acolhida temos que praticar conosco mesmos; é incrível. Com a soma das minhas experiências ainda sou um humano inapto para assumir a minha responsabilidade diante da oportunidade que é a vida.

Até agora e desde a minha alfabetização, aos 6 anos, não tenho escrito, falado, feito ou materializado de qualquer forma algo que não fosse exploratório de mim mesmo, custo em sair desse círculo! Falo isso sem pesar ou conformação. Apenas no imaginar criei possibilidades voltadas para mim, o próximo e o coletivo cósmico e me sinto feliz por tê-lo acabado de descobrir e por saber que a intenção cria a possibilidade e a oportunidade.

Como me disse um querido amigo: “criança cósmica” que teve tempo, mas não tempo de amor, experiência.

Se fosse fazer uma analogia científica diria que li e explorei teoricamente “tudo” sobre o assunto, agora falta a fase de experimentação, a vivência, o tirar conclusões práticas de minhas próprias hipóteses através do contato amplo comigo, com o outro e com o Cosmo.

Creio e sinto ser meu “plano de ano novo”.

1° - Se inquirir com sinceridade e responder;

2° - Compartilhar a reflexão;

3° - Se abrir a experiência que isso trará.

Não; estou enganado! Isso não é um plano de ano novo, mas sim um despertar recorrente que de soneca em soneca talvez me traga a ser mais atento e amoroso.

Ótimo Ano Novo pra todos nós, seres do universo!

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